Hiperlocal e comprometido com a comunidade

Por: Daiana Constantino
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Um dos principais diferenciais do O Correio do Povo é a produção de jornalismo hiperlocal. O jornal se pauta e defende bandeiras comprometidas com o desenvolvimento regional. Essa visão é o ponto forte presente nos avanços e novos rumos da linha editorial do diário ao longo do tempo. O diretor da Rede OCP Marcelo Janssen vê as mudanças editoriais e a relação do jornal com a cidade com muita proximidade.

“Procuramos sempre entender e corresponder às expectativas dos nossos leitores”, afirma. “Nossas bandeiras como a cobrança pela duplicação da BR 280, o apelo pelo voto distrital, o incentivo a Feira do Livro, o apoio ao esporte, a promoção da educação infantil com o OCP Kids e outras iniciativas focam no desenvolvimento da comunidade”, garante o diretor.

Para a editora Natália Trentini, os avanços na linha editorial do jornal ocorrem em sintonia com o desenvolvimento da região. “Acredito que o OCP está acompanhando as mudanças e mantendo o que dá certo, percebendo o que os leitores de todas as plataformas e perfi s desejam e trabalhando para atender a todos. O principal tem sido isso: adequação constante tendo como guia a qualidade”, declara.

O foco hiperlocal fez o OCP se tornar uma referência. As pessoas sabem que ao abrir uma edição do jornal ou acessar o site, vão encontrar o que está acontecendo perto delas. “É o jornal que acaba dando voz às pessoas e para as demandas que afetam o cotidiano da cidade”, afirma a editora.

Ouça no podcast OCP: editores discutem os desafios de um jornal diário

 

A identidade do OCP, segundo Natália, é ser um jornal de Jaraguá do Sul e região, mas que não deixa de trabalhar assuntos nacionais e estaduais. “Nosso foco é hiperlocal, mas não ficamos alheios a pautas que trazem impacto direto para a vida das pessoas que vivem aqui”, diz. “Fazemos isso repercutindo esses temas localmente com fontes e personagens daqui”, explica a editora.

O editor Misael Freitas também percebe proximidade entre o jornal e a comunidade. “Estamos mais próximos dos nossos leitores tanto no online quanto no impresso de uma maneira mais pessoal. Acompanhamos cada curtida, comentário e compartilhamento feito nas nossas redes sociais. Também buscamos maneiras de tornar a nossa relação com o público mais colaborativa, que participa indicando pautas e dando sugestões de fontes”, avalia Freitas.

Na visão do editor, uma das principais mudanças editoriais aconteceu quando o OCP passou a ter mais integração com o digital. “Desde então, avançamos muito na maneira como produzimos e compartilhamos nossos conteúdos”, garante. Para o editor, essa mudança acompanhou a evolução do comportamento dos leitores, que estão mais ávidos por notícias de última hora, mas também buscam conteúdos aprofundados de qualidade e relevância.

“Fizemos adaptações na comunicação com os nossos públicos, principalmente na maneira em como escrevemos as notícias, uma vez que elas precisam ser mais claras, simples e objetivas já que as pessoas têm menos tempo para se informar”, explica Freitas.

Essa estratégia tem se mostrado acertada. “Muitas vezes conseguimos transformar uma notícia considerada de nicho, interessante para uma pequena parcela da população, em algo que repercute até mesmo nacionalmente apenas mudando a abordagem que damos para o assunto”, avalia o editor.

Desafios atuais do jornalismo

Na visão da editora Natália Trentini, hoje o grande desafi o é produzir um conteúdo confi ável em tempos de fake news e velocidade na publicação dos fatos.

“Precisamos tanto mostrar a relevância dos nossos conteúdos, produzidos por jornalistas que passam o dia na redação em contato com fontes para levar informações confi áveis, quando atrair um leitor que por ter acesso a tanto material, nem sempre se sente motivado a embarcar na leitura”, analisa.

Sobre o futuro, Trentini considera que o bom jornalismo é a chave em qualquer plataforma. “Focando em qualidade e profundidade, o jornalismo continua ganhando espaço, justamente porque na internet a informação sem esses atributos se proliferam”, afi rma.

Por: Daiana Constantino