Notícias em diferentes épocas

Por: Daiana Constantino
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O berço do jornal mais antigo de Santa Catarina ainda em circulação é Jaraguá do Sul. Quando o O Correio do Povo foi fundado em 10 de maio de 1919, a vida jaraguaense se dava no entorno da estação ferroviária.

Os historiadores relatam que o progresso já estava a todo vapor devido à inauguração dos trilhos que ligavam São Francisco do Sul a Porto União, em 1910. Os negócios dependiam do trem como meio de transporte para a chegada de matéria-prima, escoamento de produções, agricultura, pecuária.

“Tudo acontecia no entorno da ferrovia. O O Correio do Povo também nascia ali, perto dos hotéis, das principais casas comerciais, da Intendência Distrital. Nascia numa das principais ruas, a rua Emílio Carlos Jourdan, onde fica hoje o Ginásio Arthur Müller”, conta a chefe do Arquivo Histórico, Silvia Kita.

O jornal começava a engatinhar numa época em que a alfabetização era um desafio. As mulheres, notadamente, não sabiam ler e escrever. “As mulheres estavam começando a ir para escola por mais tempo”, diz a historiadora.

Em 1919, a população chegava a cerca de 9 mil habitantes e a base econômica era sustentada na agropecuária, agricultura, fábricas de moinhos de farinha, milho, mandioca, serrarias, padarias, alfaiates, entre outros. Naquela época, as estradas eram de terra e Jaraguá do Sul ainda era um Distrito de Joinville.

Os cartorários, Venâncio da Silva Porto e Arthur Müller, donos do jornal – respectivamente nos períodos 1919/1932 e 1923/1936 – 1943/1957 -, foram responsáveis pelo surgimento do impresso num tempo em que a comunicação era muito restrita.

“Em 5 de maio de 1919, Arthur Müller solicitava alvará de licença para implantar uma tipografia no município como suporte para imprimir o jornal, embora fosse impresso em outros lugares, inicialmente. Depois foi comprando os maquinários”, descreve Silvia Kita.

Em 1919, Artur Müller, que mais tarde seria o prefeito de Jaraguá, fundou a Tipografia Avenida, operando no ramo de impressão e papelaria.

No contexto de 1919, o historiador Ademir Pfiffer destaca dois vieses significativos: “A educação como ferramenta de transformação e a presença da imprensa como um instrumento de democratização da ordem política, social, econômica e cultural.”

Em 26 de abril daquele ano, chegam as irmãs da Divina Providência e a Escola Paroquial São Luís passa a ser regida por elas.

Segundo ele, sentiu-se, a partir daquele momento, a necessidade de se aprimorar a educação. As edições eram publicadas uma vez por semana. “A leitura do jornal passa a fazer parte do cotidiano das pessoas, embora fosse semanal”, segundo Silvia.

O jornal era comercializado em vários pontos da cidade e era anunciado no próprio periódico o nome da pessoa com quem os leitores interessados deveriam procurar, aponta.

As edições eram bilíngues (português e alemão), pois uma parcela importante da população falava alemão em razão da forte colonização germânica na cidade.

Além dela, demais descendentes de italianos, húngaros, afrodescendentes e poloneses predominaram o povoamento inicial de Jaraguá.

Segundo Pfiffer, o jornal OCP permitiu a construção de uma identidade fortemente germânica em Jaraguá. “Porque o Artur Müller era um homem intelectual e incentivava a cultura germânica.

Tanto é que até o começo da Campanha de Nacionalização, o OCP publicava boa parte de suas edições em língua alemã”, relata

Alayde Silva Mahfud tem 91 anos, é assinante do jornal há mais de 15 anos e sempre acompanha o que acontece no Vale do Itapocu pelas páginas do O Correio do Povo.

Viúva de Amadeus Mahfud, considerado um conhecedor e apaixonado pela história de Jaraguá do Sul, ela continua uma leitora fiel do impresso. “Leio o jornal todos os dias”, menciona.

Um dos acontecimentos que ela recorda bem, e que foi registrado pelo OCP, foi a explosão da Fábrica de Pólvora, que completou 65 anos em 2018.

Esse é apenas um entre inúmeros fatos registrados pelo jornal e apresentados aos leitores. A historiadora Silvia Kita destaca a 1ª Reunião Econômica Norte Catarinense que aconteceu em Jaraguá do Sul, nos dias 17 e 18 de agosto de 1951, quando contou com a presença de autoridades políticas e de associações.

“O jornal registrou a reunião que aconteceu para analisar a perspectiva econômica do Norte para o Estado.”

No campo político, o historiador Ademir Pfiffer observa que o OCP manteve os leitores sempre atualizados sobre as trocas de moedas no país, entre outros assuntos que impactam diretamente o cotidiano da população.

“O jornal esclarecia sobre as trocas de notas nos anos 1960, quando se criou o Cruzeiro Novo. O OCP explicou onde trocar, os procedimentos e datas. Era um jornal bastante informativo.”

Ainda, segundo Pfiffer, o jornal produzia matérias internacionais e em língua alemã. “Isso fazia com que as pessoas tivessem um sentimento de nostalgia, reavivando o laço com a terra de origem e dos antepassados.”

Com a Campanha de Nacionalização, o movimento político segue em direção a construção de um país patriota, valorizando mais a cultura brasileira.

Acontecimentos desde a fundação do O Correio do povo

1919

É fundado o Jornal O Correio do Povo, por Venâncio da Silva Porto.

1920

• É inaugurado o prédio da Escola Particular Jaraguá.

1921

• População: 10.150 habitantes

1923

• É fundada a Marcatto S/A, fábrica de chapéus.
• Walter Breithaupt, nomeado juiz de paz, aqui se estabelece e abre comércio.
• Fundada a empresa Gumz, de Gustavo Gumz.

1924

• Em 1º de janeiro, João Thiedke passa para Max Wilhelm a fábrica de gasosa.

1925

• É construída a ponte da Barra do Rio Cerro, inaugurada em 22 de março.
• Rodolpho Huffnuessler abre uma fábrica de essências no mês de dezembro.
• A partir de 25 de julho, o jornal passou a publicar o Suplemento Semanal Ilustrado.

1926

• É fundada em 9 de dezembro a empresa Breithaupt & Cia.

1927

• É instalada uma cadeia pública no Distrito.
• Em fevereiro, no Salão Buhr, abre o Cinema Central de Erich Doubrawa.

1928

• Em 28 de maio, é inaugurada a Estação de Telégrafo.

1931

• Bernardo Mayer abre o Bar Catarinense, na esquina das ruas Independência e Emílio Carlos Jourdan, próximo à Estação Ferroviária.
• É inaugurada a Usina do Bracinho.

1934

• Lei 565 de 26 de março de 1934 institui o município de Jaraguá. Instalado em 8 de abril com a presença de representantes do governo do Estado, políticos, autoridades e grande público.
• Pela resolução 3504 de 7 de abril, José Bauer é nomeado prefeito.
• A Comarca de Jaraguá é criada em 4 de abril pelo decreto n.º 569 e instalada em 10 de maio. A solenidade aconteceu no Salão Buhr. Neste dia, foi também instalado o Registro de Imóveis de Jaraguá.

1935

• Maio – inaugurada a Igreja Evangélica Luterana Centro.

1936

• O Hospital São José é inaugurado em 22 de novembro, no morro localizado na Rua Jorge Czerniewicz.


• O dirigível Hindenburg sobrevoa a cidade de Jaraguá em 1º de dezembro de 1936, num fato inédito até então. Às 7 da manhã todos acordaram assustados quando ouviram os fortes barulhos de seu motor. De pijamas e descalços, correram para ver o que acontecia. No dia 6 de maio de 1937, chegando ao seu destino em Nova Jersey, o grande balão dirigível incendeia-se.

1938

• Em 22 de junho, por iniciativa de Waldemar Grubba e Arthur Breithaupt , em reunião realizada no Salão Buhr, iniciou-se a Associação Comercial e Industrial de Jaraguá.

1939

• Em 15 de dezembro é lançada a pedra fundamental da sede da Prefeitura Municipal.

1940

• As edificações dos Colégios São Luiz e Divina Providência são inauguradas em janeiro.

1941

• É inaugurada a sede da Prefeitura Municipal em 3 de outubro, com festa. O novo prédio vai congregar a Prefeitura, o Fórum e a Câmara de Vereadores. A herma do fundador da cidade, Emílio Carlos Jourdan, também é inaugurada.

1943

• A Estação Ferroviária de 1913 tornou-se, com o tempo, pequena para atender a demanda de cargas e passageiros em Jaraguá. Em 1943 é inaugurada a nova estação, e a antiga é ampliada e transformada em Estação de Cargas.
• Devido à lei federal e a existência de outra cidade com o mesmo nome em Goiás (e mais antiga), Jaraguá passa a chamar-se Jaraguá do Sul.

1944

• Em 22 de outubro Jaraguá do Sul inaugura sua Rodoviária.

1945

• Chega ao fim a Segunda Guerra Mundial. Retornam os pracinhas para a alegria de muitas famílias de Jaraguá do Sul.
• Heinz e Ilse Kolbach, em 20 de fevereiro, fundam a Kolbach, que inicia as atividades como oficina para consertos de aparelhos domésticos.

1946

• A Sociedade de Atiradores Jaraguá é reaberta em 8 de dezembro. Pelos novos estatutos passa a ser Clube Jaraguaense, tornando-se extinta a Sociedade de Atiradores Jaraguá.

1947

• A Biblioteca Pública é inaugurada no dia 10 de agosto, nas dependências da Prefeitura, pelo prefeito Joaquim Piazera e pelo diretor do Departamento Estadual de Estatística Lourival Câmara.
• O Clube Jaraguaense em 31 de março une-se com a Associação Atlética Baependi e formam o Clube Atlético Baependi.

1948

• No dia 31 de julho ocorreu a inauguração da Rádio ZYP-9, pelos sócios fundadores Werner Stange e Homero Camargo de Oliveira. O programa foi transmitido à noite, no Clube Atlético Baependi.

1951

• Acontece a 1ª Reunião Econômica Norte Catarinense
• Lei n.º 20, de 21 de novembro, estabelece a data de fundação da cidade em 25 de julho.

1952

• Inicia em 3 de janeiro o calçamento das ruas centrais do município, sendo nesta mesma época aberta totalmente e alargada a Avenida Getúlio Vargas.
• No dia 25 de julho é inaugurado o Parque Agropecuário pelo governador Irineu Bornhausen.
• É fundada em 9 de junho a Liga Jaraguaense de Futebol, elegendo Artur Müller para presidente.

1953

• A 6 de novembro uma forte explosão assustou os moradores da cidade. Era a Fábrica de Pólvora da S/A Pernambuco Powder Factory, que perdeu dez funcionários, teve três secções destruídas, além de causar inúmeros danos a edificações aos arredores.
• Em 23 de outubro, uma grande catástrofe climática causou enormes estragos em estradas, obras públicas e propriedades particulares, principalmente em Corupá.

1955

• No dia 25 de julho é inaugurada a nova sede da Delegacia e Cadeia Pública, situada na Avenida Getúlio Vargas.

1956

• A Sociedade Cultura Artística (Scar) iniciou em 8 de junho tendo por base a orquestra formada por Adélia e Francisco Fischer, que há muito tempo abrilhantavam pequenos eventos e sessões de cinema.

1957

• Em 15 de julho ocorre o primeiro Concerto Oficial da Orquestra da Scar, sociedade fundada no ano anterior. O evento aconteceu no Clube Atlético Baependi.

1958

• Antes era Hansa Humboldt, depois Distrito de Corupá e, em 21 de junho, por meio da Lei 348 torna-se o Município de Corupá.

1959

• O Hospital São José, em atividade desde 1936, inaugura sua nova sede no dia 19 de abril, nos fundos da avenida Marechal Deodoro da Fonseca.
• Jaraguá do Sul passa a contar com ampla sala de cinema. O Cine Jaraguá abre suas portas no dia 23 de dezembro , com capacidade para 650 lugares.
• Urbano Franzner inicia, de forma artesanal, beneficiamento de fubá de milho.

1961

• Registrada em 30 de junho, inicia suas atividades a 16 de setembro a Eletromotores Jaraguá. Os sócios Werner Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, utilizaram a marca WEG em seus motores.

1962

• É inaugurada a Igreja São Sebastião.

1964

• Belmiro, Ionta & Cia Ltda passam a fabricar em 22 de maio, chapéus de praia com fibras naturais e sintéticas, com a marca Marisol. A empresa foi fundada por Pedro Donini.

1965

• Em 13 de março é inaugurada a Ponte de Concreto Abdon Batista. Da antiga ponte metálica (1913) somente restou seu pilar no meio do rio.

1966

• Corpo de Bombeiros é fundado na rua Epitácio Pessoa, em Jaraguá do Sul.
• Após aquisição do prédio da primeira sede do Hospital São José, a Comunidade Evangélica realiza reformas e inaugura em 27 de fevereiro o Hospital e Maternidade Jaraguá.
• O esporte ganha mais um time, o Juventus Esporte Clube, que em 1º de maio inicia suas atividades futebolísticas.
• Neste ano a televisão passa a ser um dos entretenimentos da comunidade jaraguaense. Temos a primeira repetidora – a TV Paraná Canal 6.

1968

• A empresa Belmiro & Ionta passa a ser Marisol Indústria e Comércio Ltda em 12 de dezembro, e adquire a Tricotagem e Malharia Marquardt.
• A cidade passa a ter mais uma malharia com o surgimento da Malwee Malhas em 4 de julho.
• Os comerciantes do município se congregam e em 3 de agosto criam o CDL – Clube de Diretores Lojistas.
• O Brasão do Município é instituído pela Lei 203 de 29 de novembro. Foi criado por Eugênio Victor Schmöckel e desenhado por Moacyr Silva. Foi escolhido por meio de concurso promovido pelo Rotary Club.

1969

• 10 de maio – o Jornal O Correio do Povo comemora 50 anos.
• Em 27 de agosto, o Supermercado Jaraguá abre as portas ao público, o primeiro totalmente autosserviço de Santa Catarina que se tem notícia. Os proprietários eram Ademar Frederico Duwe, Aldo Piazera e Renato Raboch.

1970

• Em novembro tem início o primeiro Sistema de Abastecimento de Água.

1971

• Em setembro ocorreu o 1º Salão Jaraguaense de Artes. Aconteceu de 4 a 7 de setembro no Itajara Tênis Clube. As inscrições foram na Biblioteca Pública e várias entidades e secretarias participaram.
• O Coletivo Ouro e Prata Ltda modifica seu nome para Viação Canarinho Ltda, em 2 de junho 1971.

1972

• A Ação Social inaugura no dia 24 de setembro a creche Constância Piazera, na rua Expedicionário Gumercindo da Silva.

1973

• Pela Lei Municipal nº 439 é instituída a FERJ (Fundação Educacional Regional Jaraguaense).

1974

• A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais inaugura sua escola no dia 6 de maio.
• É inaugurado o Hotel e Restaurante Itajara no dia 8 de abril.
• Mais um local para hospedagem de visitantes é inaugurado, o Hotel Nelo.

1975

• O Hino de Jaraguá do Sul, criado em 1971, é instituído pela Lei 564 de 1º de julho.

1976

• Jaraguá do Sul, na época, terra de 29 mil habitantes, 235 indústrias, neste ano, comemorou o seu Centenário de Colonização.
• Lançamento do livro de Emílio da Silva: Um capítulo na povoação do Vale do Itapocu. A noite de autógrafos aconteceu no edifício do Fórum, no dia 28 de julho.

1977

• O governador Antonio Carlos Konder Reis, em visita a Jaraguá do Sul no dia 15 de março, inaugura o Ginásio Arthur Müller, a nova fábrica da WEG, a WEG II e a SC-301 até BR-101 – Rodovia Waldemar Grubba.
• Os Hospitais São José e Jaraguá iniciam, em 1º de outubro, o plantão noturno. Somente para os casos de urgência.

1978

• Em 15 de outubro é inaugurada a sede da FERJ.


• Wolfgang Weege abre o Parque Malwee, um santuário ecológico de 1.500.000m².
• A AMVALI (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) é criada pelo decreto estadual nº 5857 de 14 de outubro.

1979

• É criado o Cejas (Centro Empresarial de Jaraguá do Sul) pelos Sindicatos Patronais e Acijs, no dia 23 de abril.

1980

• Aberto o acesso ao Morro da Boa Vista, conhecido por Morro da Antena, após a TV Paraná instalar sua antena repetidora no local.
• Inauguração da sede do Centro Tecnológico da WEG em 13 de junho.

1981

• A Associação Assistencial para Idosos ‘Lar das Flores’ é instituída em 13 de novembro.

1982

• A Acijs inaugura sua sede própria em junho, situada na Avenida Getúlio Vargas.
• Em julho, o Parque Malwee é doado aos funcionários, sendo fundada a Associação Recreativa, a Armalwee.

1983

• É aberta no dia 19 de agosto a ligação entre a Rua Procópio Gomes de Oliveira e Rua Reinoldo Rau.
• A lei municipal nº 919 cria o Samae – Sistema Municipal de Águas e Esgoto.

1984

• Acontece nos dias 20 e 21 de março a Viagem Inaugural do Turismo Férreo. Partindo de Curitiba e passando por Lapa, Rio Negro, Mafra, Corupá e Jaraguá do Sul.
• As rampas para vôo livre são inauguradas em 27 de julho no Morro da Boa Vista.

1985

• A Fundação Cultural de Jaraguá do Sul é criada pela Lei Municipal nº 1016, de 1° de abril, tendo por sede a Av. Getúlio Vargas, 503.
• O Portal de Jaraguá é inaugurado em 8 de novembro.
• A WEG inaugura o prédio da Direção Geral em 16 de setembro.

1986

• A Casa da Cultura da SCAR é inaugurada em 21 de julho, na Rua Amazonas.

1987

• De 18 a 26 de julho acontece a 1ª Feira da Malha, no Parque Agropecuário.
• A Rede Feminina de Combate ao Câncer é fundada em 1º de julho e elege para presidente Rosane Vailatti.
• A ciclovia que parte da empresa Menegotti até a WEG II, contando com 5 km é inaugurada em 7 de dezembro.

1988

• São inaugurados no dia 16 de maio os Museus do Parque Malwee.

1989

• Em janeiro e novembro a cidade fica inundada após intensas chuvas. Em novembro, as ruas ficaram cobertas de lama.
• Em 13 de outubro Jaraguá do Sul passa a promover a Schützenfest, a Festa dos Atiradores.

1990

• O Quartel da Polícia Militar, em construção há algum tempo, é inaugurado em 20 de julho.
• É reinaugurado em 11 de abril o Estádio João Marcatto.

1992

• Indústrias Reunidas passa a ser Duas Rodas Industrial Ltda. Em 15 de maio.

1993

• Escola Técnica Federal é inaugurada em 15 de outubro.

1995

• O Posto Municipal de Atendimento Pama I é inaugurado dia 6 de setembro, na rua Jorge Czerniewicz.
• O município se embala no 1º Jaraguá em Dança.

1996

• Acontece a primeira Feira do Livro.
• A Prefeitura remodela o centro da cidade, criando o calçadão na avenida Marechal Deodoro da Fonseca.

1997

• O presídio do município é inaugurado em 31 de março.
• Em 25 de julho a Prefeitura muda para sua nova sede na rua Walter Marquardt.

1999

• Em 8 de fevereiro a cidade é surpreendida com o falecimento do prefeito Geraldo Werninghaus.
• Inaugurado o Shopping Breithaupt.

2000

• Câmara de Vereadores passa a ocupar o prédio da Acijs.

2001

• Cejas é inaugurado em 10 de outubro.
• Outubro – Museu Emílio da Silva passa para o antigo prédio da Prefeitura.

2002

• Reinauguração do Mercado Municipal.

2003

• 16 de maio é inaugurado o Centro Cultural da Scar.
• Museu WEG é inaugurado em 16 de setembro.

2006

• Jaraguá passa a realizar anualmente sempre em janeiro o Femusc (Festival de Música de Santa Catarina) – um dos mais renomados e importantes festivais de música da América Latina com a presença de alunos e professores de dezenas de países. O festival tem como palco principal a Scar.
• A 50 anos da Scar (Sociedade Cultura Artística).

2007

• Inicia-se o processo de tombamento do Conjunto Rural de Rio da Luz com a abertura do processo e realização de diversas ações do Iphan na região.
• A Arena Jaraguá foi inaugurada em 2007 com capacidade para 8.500 pessoas.

2008

• Revitalização do Centro Histórico
• Novembro – Chuvas e deslizamentos causam uma das piores tragédias naturais de Jaraguá do Sul, da região e do estado. No total, 14 pessoas morreram na região do Vale do Itapocu. Na época, as chuvas deixaram 1,5 mil pessoas desalojadas, 15 famílias desabrigadas, sete mil casas atingidas, 15 casas destruídas, 13 mortes em Jaraguá do Sul e uma morte em Guaramirim.

2011

• Janeiro – 5 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas na região de Jaraguá do Sul.

2013

• Iniciada a reforma do Ginásio de Arthur Müller. O espaço ficou fechado de 2009 a 2013, porém o apelo da população para que não fosse demolido, levou a administração municipal na época a optar pela reforma da estrutura e melhoria do entorno.

2014

• Março – Foi reinaugurada a reforma do ginásio.
• Março – 80 anos da Comarca e do Município de Jaraguá do Sul.
• Junho – Com um acumulado de chuvas de 372 milímetros, Jaraguá foi uma das cidades mais prejudicadas pela enchente que atingiu pelo menos 130 pontos da cidade. A Defesa Civil Municipal apontou que 70 mil pessoas foram afetadas.

2015

• Em setembro, o Conjunto Rural de Rio da Luz, juntamente com outras edificações e núcleos urbanos e rurais relacionados com a imigração em Santa Catarina, foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Iphan. O Vale do Rio da Luz (Jaraguá do Sul), juntamente com o Vale do Testo Alto (Pomerode), são considerados Patrimônio Cultural Brasileiro.

2016

• 80 anos do Hospital São José e inauguração novas alas.
• Março – o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae) entrega a nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro São Luís. Com a nova ETE, o índice de tratamento de esgoto passará de 57% para cerca de 80% em Jaraguá do Sul.

2018

• A Schützenfest – Festa dos Atiradores – chega a sua 30ª edição.
• Samae inaugura nova Estação de Tratamento de Água para garantir abastecimento pelos próximos 25 anos em Jaraguá do Sul.

2019

• Maio – O Jornal O Correio do Povo completa 100 anos de fundação e de história.

Confira a linha do tempo do O Correio do Povo

Sedes do jornal: Rua Epitácio Pessoa, Rua Emilio Carlos Jourdan, depois teve por sede uma residência de madeira na rua Procópio Gomes de Oliveira (onde hoje funciona um restaurante).

Essa última até 2007, quando foi vendido ao empresário Walter Janssen Neto. Em 2008 mudou para a Avenida Waldemar Grubba até dezembro de 2017.

Em janeiro de 2018 foi para a sede própria localizada na Rua Bernardo Dornbusch, 1106, bairro Vila Lalau.

Proprietários

• 1919/1932 – Venâncio da Silva Porto;
• 1923/1936 – 1943/1957 – Artur Müller;
• 1937/1947 – Honorato Tomelin, Leopoldo Reiner, Mario Tavares da Cunha Mello e Waldemar Grubba, passam a fazer parte da sociedade;
• 1946/1957 – Paulino Pedri entrou na sociedade;
• 1958 – Murillo Barreto Azevedo e Fidélis Wolf entraram na sociedade;
• 1957/2004 – Jornal passa a ser de Eugênio Victor Schmöckel;
• 2004/2007 – Yvone Schmöckel;
• 2007 – Walter Janssen Neto.

Circulação

• Iniciou semanal (sábado);
• Permaneceu fechado no período de julho/1932 a julho/1934;
• Em 1945 passou a ter edições nas quartas e domingos;
• Em fevereiro de 1947 passa a sair somente no domingo;
• Entre novembro de 1947 a junho 1948 houve algumas edições nas quintas-feiras;
• No ano de 1958 passou a ser publicado nos sábados;
• Em 1993 duas vezes por semana, quarta e sexta, depois quarta e sábado, até maio 2000;
• Maio 2000 até maio 2004 – terça, quinta e sábado;
• 2004 em diante – terça a sábado.

Artur Müller

Nasceu em 6 de maio de 1895, em Blumenau. Filho de Johann Jakob Müller e de Dorotéa de Almeida Müller. Na cidade natal, estudou no Colégio Santo Antônio e começou a trabalhar na Prefeitura.

Em 1918, transferiu-se para Jaraguá do Sul, onde foi funcionário da empresa de Leopoldo Janssen e, no ano seguinte, passou a escrevente juramentado do Cartório de Notas.

Casou com Adélia Doubrawa Müller, com quem teve quatro filhas (Adélia, Aracy, Aurea e Amantina). A esposa era filha de João Doubrawa e de Luísa Fruchs Doubrawa.

Ainda em Jaraguá do Sul, segundo o Arquivo Histórico, foi proprietário do OCP nos períodos 1923/1936 – 1943/1957. Também foi intendente distrital; prefeito de 1951 a 1955; vereador e presidente Câmara.

Foi eleito deputado Constituinte Estadual de 1947, com 2.612 votos, para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, e participou da 1ª Legislatura (1947-1951).

Faleceu em 27 de abril de 1957, em Jaraguá do Sul, onde recebeu as seguintes homenagens: rua Artur Müller, Ponta Aguda, Blumenau; Praça Artur Müller, Centro em Jaraguá do Sul; Ginásio de Esportes Arthur Müller, Jaraguá do Sul e Praça Artur Müller, Centro em Corupá.

Honorato Tomelin

Nasceu em 20 de setembro de 1913, em Jaraguá do Sul. Filho de Antônio Tomelin e de Apolônia Moser Tomelin. Concluiu os estudos primários no Colégio Três Rios do Norte.

Aos 17 anos já iniciou sua carreira de aprendiz de tipógrafo na atividade que viria a definir a jornada de sua vida. Dirigiu o jornal O Correio do Povo, segundo o Arquivo Histórico, no período de 1937/1947, além de Leopoldo Reiner, Mario Tavares da Cunha Mello e Waldemar Grubba fazerem parte da sociedade.

Casou com Nayne Fadel e com Benta Reitz Tomelin, teve filhos com ambas. Exerceu as funções de juiz de paz da Comarca de Jaraguá do Sul, de 1940 a 1943, e de agente fiscal da Fazenda do Estado de Santa Catarina, de 1948 a 1976.

Candidatou-se à vaga de deputado estadual para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com 1.092 votos, ficou na posição de 1º suplente e foi convocado, em 1958, para a 3ª Legislatura (19551959).

Nas eleições seguintes, recebeu 2.490 votos, foi suplente novamente, sendo convocado em 1959, tomou posse para a 4ª Legislatura (1959-1963).

Eugênio Victor Schmöckel

Nasceu em 2 de novembro, de 1921, em Joinville. Filho de Bernardo e Ida Zettel Schmöckel. A família muda-se para Curitiba em 1927, onde Eugênio frequentaria a Escola Alemã, futuro Colégio Bom Jesus.

Em 1947, forma-se em administrador e economista pela Faculdade de Administração e Finanças do Paraná. Em 1948, entra para sociedade com Artur Müller, em Jaraguá do Sul, na Comercial Contabilidade, por indicação de Arthur Gumz, amigo de faculdade.

Em 1950, casa-se com Brunhilde Manhke, com quem teve quatro filhos: Sandra Elisa, Yvonne Alice, Rosane Beatriz e Eugênio Victor Filho. Participava da Igreja Luterana e da Escola Jaraguá.

Com a morte de Artur Müller, assume a gerência do O Correio do Povo, em 1957, até sua morte em 2004.

Segundo o livro “Crescendo com a Nossa História”, Schmöckel idealizou o brasão de Jaraguá do Sul, assim como a bandeira do município. Em sua homenagem, foi denominado Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul Eugênio Victor Schmöckel.

Por: Daiana Constantino